Com a quantidade de dados disponíveis hoje, precisamos escolher bem quais indicadores acompanhar para conseguir fazer uma gestão eficiente e focada no resultado.
Esse texto é o segundo de uma série de três artigos sobre indicadores. Para ver a parte um, clique aqui. Para ler a terceira parte, clique aqui.
No artigo anterior, escrevi sobre o que são indicadores e a importância de acompanha-los. Hoje vou me aprofundar um pouco mais neles, pois com a quantidade de dados que temos a nossa volta, podemos cair na armadilha de gastar mais tempo apreciando indicadores que atingindo resultados.
Quem só olha o velocímetro, bate o carro.
Afinal, qual indicadores devemos acompanhar? Escolhe-los não é uma decisão fácil, principalmente pois isso varia muito de acordo com o segmento de atuação da empresa e quais são seus objetivos, mas existem alguns passos para tomar uma boa decisão sobre a escolha dos KPIs.
Eu gosto de dividir os indicadores em dois grupos, que são eles:
Indicadores primitivos: aqueles que eu meço diretamente.
Indicadores derivados: aqueles que são reflexo de indicadores primitivos.
Pegando o exemplo do carro, utilizado no primeiro artigo, temos a seguinte divisão:
Indicadores primitivos: tempo total de viagem, número de paradas, distância percorrida, gasto total, litros de combustível gasto.
Indicadores derivados: velocidade média, gasto médio, paradas por km, média de consumo
Lembrando que temos três principais objetivos com os indicadores, que são:
Gerenciar processos
Gerenciar trajetória
Gerenciar resultados
Quando falo de gestão de processos, estou me referindo a precisão, eficiência e qualidade de um processo - por exemplo, uma máquina que envasa suco ou a implementação de um novo CRM em uma empresa.
Já referente a trajetória, são aqueles ligados intimamente ao resultado - mas ainda não são ele. Por exemplo, temos a venda diária e o número de novos clientes, que estão ligados aos resultados totais, mas particiono para verificar como está acontecendo naquele período de tempo do acompanhamento.
Os objetivos de resultado falam por si só. Faturamento total, número de clientes ativos e Lucros totais (como EBITDA) são indicadores que mostram um panorama geral da empresa, e geralmente são metas discutidas em um planejamento anual.
Sendo assim, preciso escolher indicadores que variam de grupo e com o objetivo, de acordo com o acompanhamento que estou fazendo. Quer exemplos de indicadores para cada área? Futuramente criarei um artigo sobre isso, enquanto isso, pode me contatar que podemos discutir sobre.
Importante notar que uma vez que começa a observar e acompanhar suas métricas, mais e mais indicadores aparecerão. Sugiro sempre manter de 3 a 7 indicadores para cada área core da empresa (com cada gestor), pois passando disso, fica complicado o acompanhamento. Além disso, sigo como regra que, em geral:
Indicadores primitivos são melhores para gerenciar resultados
Indicadores derivados são melhores para gerenciar processos
Ambos os tipos são necessários para verificar a trajetória, com um numero maior de indicadores derivados pois conseguem compilar duas (ou mais) informações em um único número.
Uma vez que tenha um bom histórico e tenha um bom time para suportar seu controle, índices podem ser muito úteis para gerenciar vários fatores simultaneamente. Mas eles não excluem os indicadores mencionados, portanto, é importante dar atenção a suas métricas para melhores resultados.
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